segunda-feira, 17 de junho de 2013

SEQUÊNCIA DIDÁTICA APLICADA À CRÔNICA AVESTRUZ DE MÁRIO PRATA





QUE TAL AVISTAR ALGO NOVO E CURIOSO ?PARTICIPE DESSE MOMENTO




SEQUÊNCIA DIDÁTICA DA CRÔNICA AVESTRUZ
AUTOR  : MÁRIO PRATA

Público-alvo: 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II
Tempo Previsto: 6 aulas
Conteúdos e temas:Traços característicos de crônica narrativa;síntese das capacidades de leitura com sugestões de como desenvolver (Rojo,2004); Gêneros e Progressão em expressão oral e escrita -elementos para reflexões sobre uma experiência suíça( Francófona).
Competências e habilidades: Explorar , desenvolver e ampliar as capacidades de leitura.
Estratégias: Trabalho lúdico com diversas mídias, apresentação de imagens, poemas, músicas, vídeos, etc.
Recursos: Texto escrito ou slide,vídeo, poema.
Avaliação: Produção textual em que apareça uma situação estranha do cotidiano com  um bicho de estimação exótico.

Antes da leitura
 Desenvolvimento das Capacidades de Compreensão
1. Ativação do conhecimento prévio
A partir do título, questionar os alunos se eles conhecem ou já viram um avestruz?
Quais informações eles possuem do avestruz(peso, altura, alimentação, habitat)
Perguntar se eles possuem um animal de estimação.
Como seria ter um avestruz em casa.
Perguntar se eles conhecem a expressão: “fulano tem estômago de avestruz.”
Eles conhecem alguém que tem um animal de estimação exótico.

Gênero textual crônica e suas principais características.
O que é crônica?
Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crônica deriva do grego chronos que significa “tempo”. Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração escrita pelo mesmo autor e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do cotidiano e outros assuntos relacionados à arte, ao esporte, à ciência, etc.
Após esclarecer as possíveis dúvidas dos alunos, o professor propõe a leitura da crônica avestruz.

Durante a leitura
Desenvolvimento: leitura em voz alta, mostrando como deve ser a entonação correta para um texto de humor.
 A voz deve ser clara e respeitando a pontuação.
Leitura feita pelo professor (texto impresso ou crônica digitada e apresentada no data show)

Avestruz
                  Mário Prata

O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus 10 anos, um avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu os avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto. 
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruz. E se entregavam em domicílio.

E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. O avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar o avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa um avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase 3 metros - 2,70 para ser mais exato.
 Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí, assustando as demais aves normais. 
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo o que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha. 
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que os avestruzes vivem até os 70 anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na menopausa. Não têm, portanto, TPM. Uma fêmea de avestruz com TPM é perigosíssima! 
Podem gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.

Ele insiste, quer que eu leve um avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.

Foi quando descobri que eles comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.

Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu. 

Pedi para a minha amiga levar o garoto a um psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.

Após a leitura:
●deve-se retomar o texto para identificar as palavras chaves e esclarecer as desconhecidas. Pedir que utilizem o dicionário;
●pedir aos alunos que façam uma revisão dos elementos da narrativa, preenchendo um quadro de informações;
● foco narrativo está em 1ª ou 3ª pessoa;
● quais são os personagens;
● quais os principais acontecimentos da história;
●quanto tempo a história parece apresentar, à marca de passagens no texto;
 ● o que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem as ações.

Depois de explorar tais aspectos, o professor deve aprofundar os estudos na compreensão do texto.
O professor pode explorar a maneira como o autor descreveu o animal, quais as comparações feitas e se são ou não verdadeiras, se são possíveis ou não.
Seria interessante propor aos alunos uma pesquisa a respeito desse animal e seus hábitos.

Sugestões de Intertextualidade
Apresentar a letra da música “Avestruz” de Di Paula e Zé Henrique.
Comparar as informações referentes as características do avestruz com as informações na letra da música e na ficha que foi elaborada.
AVESTRUZ de   Di Paula e Zé Henrique:
Tava cansado de viver lá na roça
De andar só de carroça, resolvi então mudar
Vendi meu sítio, vendi vaca e galinha
E peguei tudo que eu tinha na cidade fui morar
O meu dinheiro tava num banco guardado
Veio um cara engomado disse vou te dar uma luz
Mais que depressa peguei o meu capital
Fiz um negocio legal comprei tudo em avestruz
O paladar desse bicho é aguçado
Ta no seu papo guardado o dinheiro que eu pus

Avestruz hoje eu to enrolado
Avestruz que bichinho esfomeado
Avestruz come terra e come gado
Avestruz realmente to quebrado 

Neste negócio de comprar este bichinho
Fiquei falando sozinho e agora o que fazer
Comeu o carro, foi também a camioneta
Só não foi a bicicleta pois não consegui vender
Era feliz e vivia controlado
Com a família do lado não devia pra ninguém
Na quebradeira que esse bicho me deixou
Minha mulher me abandonou e meus amigos
tamém
To apertado igual um pinto no ovo
Este bicho é um estorvo, nem me fale nesse trem

Avestruz hoje eu to enrolado
Avestruz que bichinho esfomeado
Avestruz come terra e come gado
Avestruz realmente to quebrado

Avestruz, comeu até minha aposentadoria!!!

Poema
O AVESTRUZ
O galo cantou
A ovelha despertou
E estava com fome!
O avestruz esperto
Papou tudo que
havia por perto.
Comeu melanciaFeijão e ervilha
Tomate, capim
E a boneca da menina.
O galo brigou
A menina chorou
O avestruz esperto,
Da confusão escapou.


Assistir ao filme - Turma Do Pica Pau - Samuel - O Ovo Do Avestruz E EU 




Disponível em:

Bibliografia
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010.
ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é melhor do que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgsLeitura e Escrita na Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED.

domingo, 16 de junho de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM COM O CONTO "PAUSA" DE MOACYR SCLIAR





Que tal dar uma PAUSA em sua vida ? Sinta-se convidado a viver este momento agora com o blog Educação e Ação 


          Conto : PAUSA                               Autor : MOACYR SCLIAR

     Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando :
     _ Vais sair de novo, Samuel?
     Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
     _ Todos os domingos tu sais cedo - observou a mulher com azedume na voz.
     _ Temos muito trabalho no escritório - disse o marido, secamente.
     Ela olhou os sanduíches:
     _ Por que não vens almoçar?
     _ Já te disse : muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
     A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga, Samuel pegou o chapéu :
     _ Volto de noite.
     As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente; ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
     Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé :
     _ Ah! seu Isidoro!Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente ...
     _Estou com pressa, seu Baul - atalhou Samuel.
     _ Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre. _ Estendeu a chave.
     Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade : 
     _ Aqui, meu bem! _ uma gritou, e riu : um cacarejo curto.
     Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave. Era um aposento pequeno : uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
     Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se e fechou os olhos.
     Dormir.
     Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a mover-se : os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, o sons longínquos.
     Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
     Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por um índio montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados : o índio acabava de trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhado de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.
     Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu.
     Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
     _ Já vai, seu Isidoro?
     _ Já _ disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
     _ Até domingo que vem, seu Isidoro _ disse o gerente.
     _ Não sei se virei _ respondeu Samuel olhando pela porta : a noite caía.
     _ O senhor diz isto, mas volta sempre _ observou o homem, rindo.
     Samuel saiu.
     Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou, um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.

SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES REALIZADAS COM O CONTO

Antes da leitura

Lançar o seguinte questionamento :
     _ O que é um conto para você?
     _ O que significa 'pausa' para você?
     _ O que você espera de um texto que tenha como título 'Pausa'?
Projetar o vídeo da música Para ver as meninas  de Marisa Monte


PARA VER AS MENINAS
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E nada mais nos braços
Só este amor
assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
    
Perguntar aos alunos :
          _ Você sabe o que é uma 'pausa de mil compassos' ?
          _ Segundo quem nos fala na canção, por que é preciso dar uma 'pausa de mil compassos' ?
Na sequência, fazer com os alunos a análise da tela de Salvador Dali, A persistência da memória

   
Ativar nos alunos a seguinte questão pessoal :
     _ Que imagem você usaria para representar 'uma pausa em sua vida'?

Durante a leitura 

O professor fará a leitura do conto, pausando-a nos momentos que julgar necessários a fim de que os alunos façam inferências de significado vocabular e de sequência textual.
Assim que os alunos fizerem suas antecipações de sentido, o professor pedirá a eles que busquem pistas textuais (frases,  vocábulos, estruturas linguísticas) que comprovem sua linha de raciocínio.
Nessa fase, serão feitas perguntas como:
- Para onde será que Samuel irá?
- A expressão “de novo” sugere o quê a respeito das ações de Samuel?
- Qual seria o significado da expressão “máscara escura”  usada pelo narrador dentro do contexto em questão?
- Quanto à descrição do lugar presente no conto, onde você  imagina que a história se passa?
- Combinava com Samuel, executivo de escritório, frequentar um “hotel pequeno e sujo”? Por quê?
- Por que Samuel troca de nome assim que chega ao hotel?
- Samuel frequentava o local pela primeira vez ou há mais tempo?
- A permanência de Samuel no hotel, para você, durou aproximadamente quanto tempo?
- Afinal, qual era o verdadeiro sentido da “pausa” para Samuel?

Depois da leitura

 Perguntar aos alunos :
     _ O conto correspondeu à expectativa que você projetou sobre ele?
     _ Que juízo de valor você infere sobre a conduta de Samuel?
     _ Na sua visão, se Samuel fosse o narrador e contasse a história ao leitor, ele faria o conto de maneira diferente?
Após a participação dos alunos na roda de conversa pós leitura do conto, finalizar a atividade solicitando :
     _ Que os alunos fizessem um texto não verbal (em folha de papel sulfite) ilustrando seu próprio momento de 'pausa'.
     _ Que os alunos fizessem um texto verbal dissertando  claramente que “forma de pausa” daria à sua vida, diante de um mundo tão exigente e conturbado como o é o da atualidade.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O primeiro beijo a gente nunca esquece

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Beijos de Cinema (Marisa Monte - Beija Eu)



Apos a apresentacao do clipe, os alunos comentaram sobre os beijos mais marcantes do cinema.

Imagens sobre o beijo

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Situação aprendizagem feita com alunos dos  anos finais do Ensino Fundamental.

1. Ativação do conhecimento prévio:
a.Perguntar aos alunos quais as principais duvidas dos adolescentes?
b.O que pensam sobre o primeiro beijo?
c.Se já deram o primeiro beijo e como foi a experiencia?
d.Se foi com alguém que desejavam?
e.Se foi um momento marcante e seu vida?


Meu Primeiro Beijo
Antonio Barreto
É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.
- Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto e depois leia-o você em voz alta para que eles ouçam.
- Faça, oralmente, as seguintes perguntas aos alunos:
  • Vocês já conheciam esse texto?
  • O que acharam dele?
  • Qual o tema tratado no texto?
  • A seu ver, qual o público alvo desse texto? Explique.
Checagem de hipóteses:
- Após esse pequeno debate, entregue aos alunos uma cópia das atividades propostas abaixo.

1.O texto que você leu faz parte da obra Balada do primeiro amor, de Antonio Barreto. Nele, a protagonista é uma adolescente, Larissa, que no trecho lido conta um momento importante de sua vida.
a) Que momento é esse?
b) Quando e onde aconteceu?
c) Com quem ela viveu essa experiência?
d) Qual o ponto de vista da narrativa: primeira ou terceira pessoa? Justifique com trechos do texto.
e) Qual o efeito causado por essa escolha do ponto de vista?
onder as questões abaixo.
a) O que faz o menino ser chamado de “Cultura Inútil” e “Culta”? Justifique sua resposta.
b) Quanto tempo se passou entre o recebimento do bilhete e o primeiro beijo? Justifique.
3.Como você pode constatar, no primeiro parágrafo, a narradora muda de opinião a respeito da experiência do primeiro beijo.
a) Qual é o primeiro julgamento que ela faz? Retire do texto um trecho que ilustre sua resposta.
b) E o segundo julgamento? Ilustre também com um trecho do texto.
4. Aponte mudanças que ocorreram com a narradora-personagem em relação ao menino.
5. Que estratégia o menino usou para que a menina mudasse seu comportamento em relação a ele?
6. Releia “(...) tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo.” A expressão em negrito contém uma figura de linguagem.
a) Que figura é essa?
b) A que se refere essa figura?
7. O que o trecho “(...) as contas do telefone aumentaram, depois diminuíram...” quer dizer?
8. Que opção melhor retrata o tratamento dado ao sentimento amor no texto?
a) O amor infinito, disposto a enfrentar qualquer barreira.
b) O amor como sentimento não correspondido, vivido e sofrido por apenas um ser.
c) O amor como descoberta feita por dois seres, que vão tirando lições das histórias vividas.
d) O amor idealizado, perfeito, fruto de uma paixão ardente que nunca se acaba.
9. No texto, não fica claro qual o desfecho da narrativa. A seu ver, como terminou essa história?
- Dê tempo para que os alunos façam as atividades e depois corrija.
Segunda etapa:
- Professor: retomando o texto lido anteriormente, destaque com os alunos os elementos da narrativa.
a)Personagens:
b)Espaço:
c)Tempo:
d)Enredo:
e)Clímax:
f)Desfecho:
g)Foco Narrativo:

Explicar aos alunos que a narrativa em estudo tem características de Cronica. Sendo a cronica um gênero textual resultante da visão pessoal, subjetiva do cronista diante de um fato cotidiano qualquer e que quase sempre explora o humor. Registra o circunstancial do nosso cotidiano acrescentando doses de humor, sensibilidade, ironia, critica e reflexiva. Levar os alunos a reconhecerem tais características de cronica no
texto : "Meu primeiro beijo".

Relações de intertextualidade:

Apresentar outros gêneros textuais com o mesmo tema. Levar o aluno a reconhecer o dialogo temático entre  os diferentes gêneros textuais.

1.Apresentar o poema: Duvidas, de Carlos Queiroz Telles, para que reconheçam o tema em estudo:

Duvidas

As vezes
eu sinto que ela quer.
Outras vezes
Acho que não

Ah, como grita
o meu peito...
Cala a boca coração !

Ela não pode
desconfiar
que este vai ser
o meu primeiro...

Sufoco de vergonha
e de falta de jeito.
E agora, meu Deus?
O que e que eu faco
com as mãos ?

As vezes
eu sinto que ela quer.
Outras vezes
eu acho que não.

Beijo ou não beijo...
eis a questão.

a)Trabalhar com a ultima frase do poema que faz intertextualidade com a famosa frase de Shakespeare em Hamlet: " Ser ou não ser, eis a questão?
b)Reconhecer que no poema também tem a duvida do eu-lirico quanto ao primeiro beijo, característica comum nos adolescentes.

2-Apresentar a musica : " Beijo, beijinho, beijão...

Beijo, Beijinho, Beijão

Carrossel (2012)

Beijo, beijo, beijo, beijo
Beijinho, beijão
Todo dia tem um beijo na televisão.
O galã beija a mocinha
A netinha, o vovô
A mamãe beija o bebê bem lá no popô
Beijo, um beijo,
Também desejo beijar
Tem o beijo estalado
O Beijo tão bom
Tem o beijo bitoquinha
O beijo beijão
Tem o beijo de cinema
Beijo de amor
Tem o beijo do amigo
O beijo de dor.
Será que tem beijo ruim?
Não sei
Mas também tem beijo bem bom
Bem Bom
Beijo, beijo, beijoqueiro
Beijo,beijo,beijo,beijo
Beijo, Beijar é tão bom.
Beijo, beijo, beijo, beijo
Beijinho, beijão
Beijo,beijo,beijo,beijo
Beijinho, beijão
Quando o vento bate forte, vem beijo apertado
Quando a chuva tá caindo, vem beijo molhado
Quando a gente tá no mar, tem beijo salgado
O primeiro beijo é sempre o beijo lembrado
Beijo, um beijo,
Também desejo beijar
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Será que tem beijo ruim?
Não sei
Mas também tem beijo bem bom
Bom bom
Beijo, beijo, beijoqueiro
Beijo, beijo, beijo, beijo
Beijo, beijar é tão bom

a)Levar o aluno reconhecer o tema no gênero musical.
b)Comentar sobre os diversos tipos de beijo que existem. (de amigo, de mãe, pai, namorado, de língua, selinho, três beijos  no rosto e etc)
c)Mostrar que o beijo também tem diferentes significados em diversas partes do mundo como: No Japão, ate pouco tempo, o beijo em publico era considerado obsceno; Na Russia homens se beijam quando se cumprimentam; Na Africa, alguns povos acreditam que a pessoa beijada pode ter sua alma absorvida; Na Groenlândia , os esquimós se beijam tocando os narizes.

3.Interdisciplinaridade:
a)A professora de ciências da sala, deve trabalhar um texto do gênero informativo sobre as bactérias presentes no beijo e a quantidade de músculos que se movimentam quando nos beijamos. Trabalhamos o genero informativo, para que os alunos reconhecam o discurso cientifico presente no texto da cronica analisada.


Beijo de língua

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Beijo de Língua.
O beijo de língua (também chamado de beijo linguado em Portugal ou até mesmo beijo francês em diversos países) é uma forma de beijo de forte conotação erótica, em que os parceiros fazem movimentos mútuos com a língua um do outro.
Embora sejam comuns dentro da família os beijos nos lábios (popularmente conhecido como "selinho" ou "bate-chapas"), um beijo usando a língua quase sempre indica algum relacionamento de ordem romântica, podendo ter ou não compromisso - nesse último caso, diz-se popularmente que os parceiros são ficantes. O beijo de língua estimula os lábios, a língua e a boca, que são áreas muito sensíveis ao tato, e de maneira geral as pessoas consideram algo muito prazeroso e altamente íntimo. É também bastante freqüente antes das relações sexuais e mesmo durante. Diferentemente de outras formas de beijo, o beijo de língua tende a ser prolongado, intenso e apaixonado. Devido à intimidade associada, o beijo em público é considerado falta de educação em muitos lugares do mundo. Em lugares como Israel, o beijo de língua é culturalmente considerado indecente.
No beijo de língua, os parceiros trocam saliva, o que em outras circunstâncias é considerado algo delicioso e nesse caso pode servir para aumentar a excitação. Embora a maior parte das doenças sexualmente transmissíveis não são transmitidas através do beijo, é possível contrair algumas doenças por meio dessa prática, como é o caso da mononucleose infecciosa. A cada beijo, são transmitidas em torno de 250 mil bactérias.
O dia do beijo de língua é comemorado aos 13 de abril. No beijo são movimentados 29 músculos da face. Estima-se que em toda vida as pessoas dão cerca de 24 mil beijos.1 Além de tudo isso um beijo de língua tem o poder de queimar até 12 calorias em 10 segundos.
 
Usar o Data-Show para:

4.Apresentar algumas imagens para trabalhar o genero nao-verbal e o clipe sobre "os beijos do cinema" com a musica de Marisa Monte, "Beija eu", com o tema em questao.
5-Passar algumas cenas do filme "Meu primeiro amor", para relacionarem as cenas com a tema trabalhado.
6-Apos a leitura dos diversos generos sobre o tema " O primeiro beijo", produzirao uma cronica narrativa, em primeira ou terceira pessoa, contando uma situacao cotidiana de um primeiro beijo, usando o humor, a ironia e a reflexao sobre o tema proposto.



Oi, amigas, meu email: profbetiol@gmail.com (Monica Aparecida Betiol Sgobi)

domingo, 9 de junho de 2013

APRESENTAÇÃO GERAL






EDUCAÇÃO E AÇÃO
      Esse blog foi concebido como tarefa fundamental à realização do curso Melhor Gestão, Melhor Ensino. Curso este que tem , dentre seus objetivos, a finalidade de aliar o conhecimento à tecnologia, a fim de que pessoas reais e universo virtual efetivem um aprendizado qualitativo e prazeroso.Como parte integrante desse processo, o nosso grupo teve como meta a criação desse blog , o qual conta com o seu prestígio e a sua colaboração , querido leitor , para que possa ter vida plena e ação constante.
      Faça parte da nossa história e conheça um pouco da nossa equipe :



MÔNICA APARECIDA BETIOL SGOBI (Cursista)
Paraíso-SP 

Sou professora de Língua Inglesa e Língua Portuguesa há 14 anos. Tenho dois cargos na mesma escola : EE João Gomieri Sobrinho, na cidade de Palmares Paulista. Adoro minha escola, é a minha segunda casa. Apesar das frustrações, adoro ensinar, não sei fazer outra coisa na vida.
Tenho dois filhos, Túlio e Maria Eduarda, são meus tesouros. Sou casada há 18 anos.
Adoro sair com minha família, ir ao cinema, viajar, passear...mas o que mais gosto de fazer é ficar em casa, fazer uma boa comida e reunir a família, sou bem caseira.
Espero aprender bastante com este curso e trocar experiências com meus colegas.


MÔNICA SERON BARATELLA (Cursista) 
Embaúba-SP 

Olá, queridos amigos cursistas e tutores do curso Melhor Gestão Melhor Ensino.Sou professora da rede pública há 21 anos, efetiva numa pequena escola do interior de São Paulo, município de Embaúba, e sou amante assídua das palavras. Sei que a nossa profissão desgasta, mas amplia possibilidades de crescimento cultural. Espero que esse curso venha de encontro ao que mais se fala em educação nos últimos tempos : um ensino de qualidade.Espero também conseguir realizar todas as atividades propostas e manter um bom diálogo com o novo.Abraços.


NANCI DE FÁTIMA VALLEJO (Cursista) 
Catiguá-SP 

Nanci de Fatima Vallejo Giron, residente em Catiguá, recém casada, feliz, pois amo tudo que está a minha volta. Leciono há 31 ano, preste a aposentadoria, mas não gostaria de parar, porque amo meu alunos e o tipo de vida que levo. Sou formada no Magistério, Letras, Pedagogia, duas pós- graduações em Literatura e Meio Ambiente, fiz mais de 60 tipos de cursos, fui coordenadora, fiquei como vice diretora, fiquei no CIC,onde me envolvi muito com o mundo da leitura, porque fiz muitos eventos na escola que estava, também muitos projetos, desfiles,etc.Hoje, dou aula no estado e no município e faço cursos.  
  

NATÁLIA SCOPIM (Cursista) 
Catanduva-SP 

Sou professora em Catanduva-SP e trabalho na escola EE Barão do Rio Branco ha 5 anos.
Trabalho com Ensino Fundamental e Médio . Sou formada em Letras e Pedagogia Plena . Trabalho tambem no CEL com aulas de Lingua Espanhola.
Espero que esse curso contribua para minha formação e aprimoramento de saberes.